Monstros e Criaturas Mitológicas 3

UNICÓRNIO

Unicórnio, também conhecido como licórnio, é um animal mitológico que tem a forma de um cavalo, geralmente branco, com um único chifre em espiral. Sua imagem está associada à pureza e à força. Segundo as narrativas são seres dóceis; porém são as mulheres virgens que têm mais facilidade para tocá-los.
Tema de notável recorrência nas artes medievais e renascentistas, o unicórnio, assim como todos os outros animais fantásticos, não possui um significado único.
Considerado um equino fabuloso benéfico, com um grande corno na cabeça, o unicórnio entra nos bestiários em associação à virgindade, já que o mito compreende que o único ser capaz de domar um unicórnio é uma donzela pura. Leonardo da Vinci escreveu o seguinte sobre o unicórnio:
"O unicórnio, através da sua intemperança e incapacidade de se dominar, e devido ao deleite que as donzelas lhe proporcionam, esquece a sua ferocidade e selvajaria. Ele põe de parte a desconfiança, aproxima-se da donzela sentada e adormece no seu regaço. Assim os caçadores conseguem caça-lo."
A origem do tema do unicórnio é incerta e se perde nos tempos. Presente nos pavilhões de imperadores chineses e na narrativa da vida de Confúcio, no Ocidente faz parte do grande número de monstros e animais fantásticos conhecidos e compilados na era de Alexandre e nas bibliotecas e obras helenísticas.
É citado no livro grego Physiologus, do século V d.C, como uma correspondência do milagre da Encarnação. Centro de calorosos debates, ao longo do tempo, o milagre da Encarnação de Deus em Maria passou a ser entendido como o dogma da virgindade da mãe de Cristo: nessa operação teológica, o unicórnio tornou-se um dos atributos recorrentes da Virgem.
Representações profanas do unicórnio encontram-se em tapeçarias do Norte da Europa e nos cassoni (grandes caixas de madeira decoradas, parte do enxoval das noivas) italianos dos séculos XV e XVI. O unicórnio também aparece em emblemas e em cenas alegóricas, como o Triunfo da Castidade ou da Virgindade.



 KIRIN
O UNICÓRNIO CHINÊS

O Unicórnio Chinês ou K'i-lin é um dos quatro animais de bom agouro; os outros são o dragão, a fênix e a tartaruga. O unicórnio é o primeiro dos animais quadrúpedes; tem corpo de servo, cauda de boi e cascos de cavalo; o corno que lhe cresce na testa é feito de carne; a pelagem é parda ou amarela. Sua aparição é presságio do nascimento de um rei virtuoso. É de mau agouro que o firam ou que encontrem seu cadáver. Mil anos é o limite natural de sua vida.

Quando a mãe de Confúcio o levava no ventre, os espíritos dos cinco planetas lhe trouxeram um animal "que tinha a forma de uma vaca, escamas de dragão e na testa um corno". Assim narra Noothill a anunciação; uma variante recolhida por Wilhelm diz que o animal se apresentou sozinho e cuspiu uma lâmina de jade na qual se liam estas palavras "Filho do cristal da montanha (ou da essência da água), quando houver caído a dinastia, mandarás como rei sem insígnias reais". Setenta anos depois, alguns caçadores mataram um K'i-lin que ainda trazia no corpo um pedaço da fita que a mãe de Confúcio lhe amarrou. Confúcio foi vê-lo e chorou, porque sentiu o que pressagiava a morte desse inocente e misterioso animal e porque na fita estava o passado.

No século XII, uma avançada da cavalaria de Gêngis Khan, que havia empreendido a invasão da Índia, divisou nos desertos um animal "semelhante ao servo, com corno na testa, pelagem verde", que lhes foi ao encontro e disso:

"__ Já é hora de que vosso senhor volte a sua terra".

Um dos ministros chineses de Gêngis, consultado por ele, explicou que o animal era um chio-tuan, uma variedade de K'i-lin. Quatro invernos fazia que o grande exército guerreava nas regiões ocidentais; o Céu, farto de que os homens derramassem o sangue dos homens, havia enviado esse aviso. O imperador desistiu de seus planos bélicos.

Vinte e dois séculos antes da era cristã, um dos juízes de Shun possuía um "cabrito unicorne", que não agredia os injustamente acusados e que marrava os culpados.

Na Anthologie Raisonnée de la Litterature Chinoise (1948), de Margouliés, aparece este misterioso e tranquilo apólogo, obra de um prosador do século IX: 




SASQUATCH

O Pé-grande (em inglês: Bigfoot; ou Sasquatch - termo derivado do halkomelem - um idioma do grupo linguístico salishan, natural do sudoeste da Columbia Britânica) é descrito como uma criatura na forma de um grande macaco que vive nas regiões selvagens e remotas dos Estados Unidos e Canadá. Reivindica-se que seria um animal aparentado do Iéti tibetano (o "Abominável Homem das Neves").
Em 2007 foi organizada uma expedição em busca de provas ou até mesmo do próprio pé-grande. Mas nada foi encontrado.
Em 15 de agosto de 2008, dois caçadores norte-americanos foram à mídia dizendo terem em suas mãos o corpo congelado do famoso Bigfoot. Porém, após a análise do "corpo", foi descoberto que o suposto cadáver do monstro não passava de uma fantasia de macaco congelado. Em defesa, os dois caçadores disseram terem sido enganados e comprado o corpo de dois outros caçadores por um preço "inacreditavelmente baixo", mas decidiram levar a farsa a diante.
 Relatos de pessoas que teriam visto a criatura, na maioria dos casos, descrevem um primata bípede muito alto (entre 2 a 4,5 m). Geralmente é coberto por pêlos de cor marrom avermelhada e seu rosto é uma mistura de gorila e ser humano. Algumas pessoas testemunham um forte odor desagradável, enquanto outras dizem que a criatura não exala cheiro.
Existe uma teoria científica que aponta a possibilidade dessas criaturas serem descendentes diretos do gigantopithecus, primata já extinto, maior que um gorila e que possuia dentes parecidos com os dos humanos. Seu parente vivo mais próximo é o orangotango.




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